Passeios e Excursões:
Pelos corredores da história
Marcelo Sola Marcelo SolaAs raíces históricas do departamento de Paysandú e do seu protagonismo atual podem se encontrar transitanto pelos corredores do Museu Histórico Municipal.

No nosso passo pela cidade, nos dirigimos ao Museu Histórico Municipal para conhecer de um jeito mais interessante que o que podemos achar nos livros parte da história que forjou Paysandú.
O prédio que visitamos foi inaugurado no 1º de novembro de 1890 como sede da Escuela Asilo Maternal de Paysandú; foi o primeiro colégio do pais da Misión de las Hermanas del Huerto (Missão das Irmãs do horto). Depois passou a se utilizar como lugar de exposições artísticas e posteriormente foi utilizado pela escola técnica para os seus fins educativos.
A prefeitura local restaurou denominando “Casa do Espirito de Paysandú” e foi sede desde agosto de 1984 de diferentes comissões relacionadas com as tarefas departamentais. O 4 de outubro de 1988, o Poder Executivo declarou Monumento Histórico e o 26 de outubro de 1989 ficou relocalizado no seu âmbito o Museu Histórico Municipal que estávamos percorrendo.

No interior conseguimos apreciar um valioso material referido à história da cidade. A guia do lugar foi relatando os acontecimentos mais importantes que suscitaram-se na região, desde que era habitada pelos nativos charrúas até os nossos dias.
“Já no começo registra-se o nome de Paso de Sandú e da ilha Ypauzandó -hoje ilha Caridade- como lugar de passo do gado. De um paso de gado vira, no final dos anos 1700, num assentamento com porto e charqueada para fabricar charque e armazenar couro”, nos introduz o nosso guia.
Paysandú foi uma das cidades que mais sofreu o passo das tropas estrangeiras e internas enquanto procurava-se a independência do pais. “Em 1811 Paysandú caiu depois de uma longa luta com as tropas lusitanas. Foi a primeira defesa de Paysandú. Seguiriam anos de luta e em 1846 acontece a segunda defesa, ante as tropas de Rivera, onde novamente caiu a sua praça. A terceira defesa da cidade produz-se durante a revolução do General Venancio Flores e, depois de 33 dias de assédio, o 2 de janeiro de 1865 cai novamente a cidade”, relatou a guia local enquanto ensinava as armas, emblemas e maquetes da cidade de aquele tempo.

O museu está disposto em duas grandes salas, mais o pátio externo. Na primeira das salas, pudemos realizar uma viagem no tempo pela época da colonização du Uruguai e as lutas independentistas pelas que atravessou o departamento. Na segunda sala encontramos informação de Paysandú atual.
Ao longo da mostra inteira achamos esculturas de artistas locáis, uma pinacoteca e uma importante coletânea de armas e moedas de dois séculos atrás. Além, observamos mobiliário de época, instrumentos musicais, relógios e bonitos murais que retratam os acontecimentos culturais mais notáveis da cidade. No pátio destacam-se os restos do pedestal e um degrau de mármore de Carrara onde erigiu-se a Estátua da Liberdade, que encontrava-se na praça Constituição, mas que no ano 1864 foi destruida.

Depois de observar em detalhe todos os elementos que exibem-se no museu, culminamos a nossa visita. O sol do entardecer começava a se ocultar no horizonte indicando que o dia finalizava. Na manhã seguinte continuamos conhecendo a cidade, mas agora já conheciamos os fatos mais importantes da sua história.

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