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Jaque ao rei
Pablo Etchevers Pablo EtcheversEntre as localidades de Minas e Piriápolis existe um lugar que chama a atenção do visitante. Trata-se do castelo de Piria, uma construção que submerge na história.
“Um castelo” é a primeira coisa que vem à mente assim que divisamos desde a rodovia interior que une as localidades de Minas e a balneária e marinha Piriápolis. Duas grandes torres, que parecem-se às do jogo de jadrez, encarregam-se de sustentar o enorme gradeado que protege o castelo do passo indiscreto dos curiosos que tratam de ver que tem do outro lado das grades.
Pareciera que, igual do que no conhecido jogo ancestral, bispos, cavalos, torres e peões formaram parte do cuidado e imenso jardim que, mediante um caminho salpicado por enormes palmeiras, traslada-nos para onde alguma vez habitaram a rainha e o rei.
Quem olhar desde fora, do outro lado das grades, encontra essatamente isso: uma construção de formas medievais que foi terminada definitivamente o 17 de agosto de 1897. Aquele dia inaugurou-se a que depois seria a residência de dom Francisco Piria, o fundador da bela cidade de Piriápolis.
Os seus anos de apogeu
Com desenho do arquiteto Monzani, o castelo de Piria foi uma das residências particulares que teve o fundador do primeiro balneário que teve o pais: Piriápolis.
Essa bela residência e casa de hóspedes destacados copiou o estilo arquitetônico de algumas vilas italianas de fim do século XIX. Além das velhas palmeiras, o jardim guarda uma obra de bronze que representa ao deus Mercúrio, uma réplica da figura achada nas escavações de Herculano (Itália).
O prédio principal do castelo consta de dois andares e um porão, os que não estão habilitados para que sejam conhecidos pelos visitantes. No segundo andar, em câmbio, as sacadas fiorentinas oferecem uma maravilhosa panorâmica dos diferentes quadrantes da cidade, além de permitir uma vista única do cerro Pan de Azúcar e da campina típica uruguaia.
Olhar para dentro
Dentro do castelo, o visitante encontrará o mobiliário próprio daqueles anos sintetizado em peças da época, utensílios e armas, como assim também obras de arte que provinham diretamente da Europa.
Desde a sua fundação, o velho castelo tem sido residência presidencial e lugar dos encontros culturais e eventos mais importantes que tiveram lugar na cidade de Piriápolis. Hoje, sem perder a mágica e a mística daqueles anos, funciona como museu local e é administrado pela Intendência Municipal de Maldonado.
Milhares de visitantes (especialmente na temporada estival) aproximam-se a ele para ver o que se oculta detrás do seu portão principal.
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