CASAS DE CAMPO em Uruguai
Introdução
Não temos dúvida que conhecendo as casas de campo do pais estamos conhecendo também a sua história e cultura. O campo e os seus homens são parte indiscutível da sua razão de ser. É suficiente com ingressar nelas para entender como pensam, vivem e sentem os homens e mulheres do campo uruguaio.
Nos últimos tempos, muitos desses estabelecimentos agropecuários e fazendas tem se preparado para abrir as suas portas ao turismo, o que permitiu que as suas fazendas e zonas históricas sejam visitadas por muitos turistas, tanto locais quanto estrangeiros, que querem compartir com os seus donos a filosofía da vida rural.
Poderia se afirmar que hoje as casas de campo do pais contam a sua história. Tanto nas tradicionais zonas de fazenda européias no meio da planície como nas propriedades ou chácaras que foram se contruindo nas zonas mais cálidas do pais, a amabilidade e a laboriosidade do gaúcho uruguaio espera, mate na mão, ao forasteiro para mostrar o seu mundo. Só tem que pedir licença e passar o portão.
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Milonga de olhos dourados,
canta à que eu quero;
o seu coração companheiro,
musical e compassado,
vai voando no seu lado
e fale que não posso viver.
Ela, como você, tinha
os olhos cor de ouro;
olhando quase choro
-você sabe bem-, aquele dia.
Nunca pensei que existia
uma mulher com os olhos assim.
Não fale que ella tem ido embora;
fale melhor que algum dia,
igual do que o seu meio-dia,
me cantando no ouvido,
ela sentirá o batimento
do amor que uma vez perdi.
Milonga, você e testemunha
de que eu quero de verdade;
você não tem as suas cadeiras
nem aquela boca de trigo,
mas cantando comigo
irão os seus olhos a falar de mim.
Milonga de olhos dourados,
voe cantando a procurar,
e se chegar a achar
-depois de ter olhado-
entregue, apaixonado,
o coração que uma vez ofereci.
