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Calma chicha

Ao pensar em Nueva Palmira, a expresão “calma chicha” (um termo que é usado para falar do rio cuando está calmo) resulta a melhor para evocar o ambiênte dessa cidade sonhada.

Cuando conhecer Nueva Palmira esquecemos de tudo, ainda que seja por um pequeño tempo. Encravada alí, à beira do rio Uruguai, o primeiro que observar o visitante enquanto se aproximar as costas é um grande porto de cereais, frutas e produtos vários, um moderno cais com forma de T e uma orla marítima tão pitoresca que por momentos confundimos com a cidade de Punta del Este, frente à solitária ilha Gorriti.

Mas não, estamos num rio Uruguai que prepara-se para o nascimento do Rio de la Plata e que também possui ilhas solitárias, vestígios de naufrágios e histórias e lendas de navegantes que esperam ser contadas em qualquer bar ou café dessa pequena mas charmosa cidade.

Assim que começamos, o mate é o primeiro elemento que indica a qualidade da sua galera, “os palmirenses”, que ao longo da orla passam o seu tempo livre olhando a quietude do belo rio interrompida por alguma embarcação que aproximar-se até o arroio Higueritas, o preferido dos navegantes.

Aquí tem origem essa pujante cidade, já que em torno à desembocadura desse arroio, o dia 26 de outubro de 1831, um sacerdote e um grupo de povoadores decidiram se assentar em forma permanente e batizaram a sua nova casa como “Nueva Palmira”.

O nome deve-se a que um dos viajantes que tinha nesse momento o pais (Dom Torres Leivas) tinha ouvido falar de uma pequena cidade de médio oriente onde todos os rios confluiam; o seu nome era Palmira, daí “Nueva Palmira”, dessa vez para uma cidade em terra americana.


Pujança e progresso

Além de contar com o porto mais importante e produtivo do interior do pais, a cidade foi crescendo através do desenvolvimento de outras indústrias como a pesca, a agricultura e a criação de gado, o que motivou que multiplicara-se constantemente o assentamento do homem.

Hoje, Palmira conta com uma população estável de quase 10 mil pessoas que caminham as suas ruas principais como em qualquer grande cidade, mas que também tem um tempinho para ir à livraria local, à igreja ou a “matear” na praça 33, na Praça Artigas ou frente ao rio.

Um casino e um interessante museu paleontológico que conta com fosseis de dinossauros da era primaria e secundária são as atrações visitadas em forma permanente pelos turistas e locáis.

Frente à orla, é possível observar a hora que da o relógio de sol que foi construido no ano 1981 pela comunidade itailana para commemorar 150 anos da cidade.

A metros daí, encontra-se uma réplica perfeita da pirâmide de Maio, a que faz de centro em Praça de Maio em Buenos Aires (Argentina). Foi construida e emprazada aquí como homenagem à Revolução de Maio de 1810.

No fim dessa orla chega-se ao camping náutico, um dos mais tradicionais da cidade pelas suas praias de areias douradas que viram ideais para praticar esportes no verão.

Os restos de um velho naufrágio podem se admirar desde a beira, principalmente cuando o rio encontra-se calmo, sem vento e a maré está baixa. “Eolo” (dios do vento) chamava-se o barco que navegou desde o ano 1924 até que afundou, em 1932.

Caminhar as suas ruas, entrar nas suas lojas, ver um filme no seu velho cinema ou uma obra de teatro do grupo Depalmira Teatro fazem que a estância em Nueva Palmira vire inesquecível. Uma cidade onde a natureza e a história tem se irmanado para sempre.

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